Saturno é o responsável por nossa estrutura seja ela emocional, intelectual ou física. Como faculdade da psique, seu atributo se circunscreve à razão, dividindo com o Sol o polo da intelectualidade. A razão sempre busca comprovação, por isso também onde se localiza Saturno se constrói uma base que pretende ser sólida. Durante a construção dessa base, passamos a caminhar entre a dúvida e o medo na busca incessante por uma estabilidade, por uma certeza, por um alicerce que tenciona segurança. Tudo isso bem sedimentado de forma que se possa afirmar com assertividade.
A lua, por sua vez, se relaciona ao princípio feminino, ao arquétipo da grande mãe, a nutridora, o materno. As emoções são a área da Lua, dividindo com Vênus o polo da afetividade. Como faculdade da alma, a Lua capta simpatia, antipatia e estabelece juízos de valor, uma tabela valorativa, se relaciona ao desejo e se desenvolve no tempo. Nisso ela se aproxima de Saturno e é interessante pensar nos dos ciclos parecidos, o primeiro de 28 anos e mais um pouco e a lua de 28 dias e algumas horas.
Em conjunção, esses dois astros não se dão bem, na verdade estão desconfortáveis. A restrição, a pouca maleabilidade, o quase nada de meio termo não passa pela volubilidade lunar. Definitivamente, não encaixa, não cola, não identifica.
A tabela de valores da lua requer uma comparação, porém não é racional. É composta a partir da memória daquilo que afetou a pessoa, por isso é diferente. A razão saturnina, não precisa ter passado pela situação e, sim, pelo modelo, a idealização. Saturno tem de criar uma lei universal que lhe dê segurança.
Como então fica o ser humano com esse aspecto no mapa natal? Como isso se processa em sua psique? Como conviver com restrição emocional, pouco trato emocional, medo e insegurança emocional? Como se introduziu o arquétipo da grande mãe, a maternagem? Como se percebe o feminino e como ele se processa na caminhada?
O estudo do mapa natal nos possibilita compreender como concretizamos os desafios que estão escritos lá. Dependendo da Mandala Astrológica e de outros aspectos combinados, complexos e síndromes surgem como um grito e muitas vezes com uma opção viável para "purgar".
O compromisso com uma vida em equilíbrio passa por encarar nossas mazelas e compreendermos que elas podem ter sido uma das possibilidades encontradas para "colocar para fora" uma ferida da alma.
Tratar a ferida com consciência e paciência, com disposição e vontade pode, sim, trazer um alívio não só para o ser como para aqueles que o cercam. Recolher a projeção é se desprender dos grilhões na medida em que se toma posse de si. Quanto mais inteiros mais felizes.
Sigamos
O compromisso com uma vida em equilíbrio passa por encarar nossas mazelas e compreendermos que elas podem ter sido uma das possibilidades encontradas para "colocar para fora" uma ferida da alma.
Tratar a ferida com consciência e paciência, com disposição e vontade pode, sim, trazer um alívio não só para o ser como para aqueles que o cercam. Recolher a projeção é se desprender dos grilhões na medida em que se toma posse de si. Quanto mais inteiros mais felizes.
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