sábado, 16 de maio de 2015

A conjunção Lua-Saturno

Saturno é o responsável por nossa estrutura seja ela emocional,  intelectual ou física.  Como faculdade da psique,  seu atributo se circunscreve à razão,  dividindo com o Sol o polo da intelectualidade. A razão sempre busca comprovação,  por isso também onde se localiza Saturno se constrói uma base que pretende ser sólida.  Durante a construção dessa base,  passamos a caminhar entre a dúvida e o medo na busca incessante por uma estabilidade,  por uma certeza,  por um alicerce que tenciona segurança. Tudo isso bem sedimentado de forma que se possa afirmar com assertividade. 

A lua,  por sua vez,  se relaciona ao princípio feminino, ao arquétipo da grande mãe,  a nutridora, o materno. As emoções são a área da Lua,  dividindo com Vênus o polo da afetividade.  Como faculdade da alma,  a Lua capta simpatia, antipatia e estabelece juízos de valor, uma tabela valorativa, se relaciona ao desejo e se desenvolve no tempo. Nisso ela se aproxima de Saturno e é interessante pensar nos dos ciclos parecidos, o primeiro de 28 anos e mais um pouco e a lua de 28 dias e algumas horas.

Em conjunção, esses dois astros não se dão bem,  na verdade estão desconfortáveis.  A restrição,  a pouca maleabilidade,  o quase nada de meio termo não passa pela volubilidade lunar. Definitivamente,  não encaixa,  não cola,  não identifica. 
A tabela de valores da lua requer uma comparação, porém não é racional. É composta a partir da memória daquilo que afetou a pessoa, por isso é diferente. A razão saturnina, não precisa ter passado pela situação e, sim, pelo modelo, a idealização. Saturno tem de criar uma lei universal que lhe dê segurança.

Como então fica o ser humano com esse  aspecto no mapa natal?  Como isso se processa em sua psique?  Como conviver com restrição emocional,  pouco trato emocional,  medo e insegurança emocional?  Como se introduziu o arquétipo da grande mãe,  a maternagem?  Como se percebe o feminino e como ele se processa na caminhada? 

O estudo do mapa natal nos possibilita compreender como concretizamos os desafios que estão escritos lá. Dependendo da Mandala Astrológica e de outros aspectos combinados, complexos e síndromes surgem como um grito e muitas vezes com uma opção viável para "purgar".
O compromisso com uma vida em equilíbrio passa por encarar nossas mazelas e compreendermos que elas podem ter sido uma das possibilidades encontradas para "colocar para fora"  uma ferida da alma.
Tratar a ferida com consciência e paciência,  com disposição e vontade pode, sim, trazer um alívio não só para o ser como para aqueles que o cercam.  Recolher a projeção é se desprender dos grilhões na medida em que se toma posse de si.  Quanto mais inteiros mais felizes.
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