terça-feira, 16 de junho de 2015

O Sol e a nossa percepção do mundo

Um dos componentes do que chamamos de "assinatura do mapa natal", o Sol, na astrologia,  é indicador de vitalidade, de clareza, de certeza, de convicção. Essas indicações são, na verdade, atributos conferidos pelo "sentido de identidade" constituído pelo centro do nosso ser, nosso Sol. Pensando o mapa natal como um espelho de nossa psique, relacionamos o Sol ao nosso sentido de percepção, ou seja, é através do nosso Sol  que percebemos o mundo.

A partir do ponto de vista das faculdades da alma, ao Sol é atribuída a intuição. Intuição no sentido de conhecimento instantâneo e claro, sem recorrer ao raciocínio, percebendo o mundo singularmente, num todo imediato e sem mediação. Essa singularidade representada pelo Sol tem tudo a ver com a sua posição no nosso sistema solar e não poderia ser diferente já que "assim como é em cima é como embaixo". Fazemos parte e somos constituídos por esse Todo que apenas se divide para ser melhor compreendido devido a nossa dificuldade em nos sentir parte dele. Contudo, para a vida fazer sentido, inevitavelmente, precisarmos resgatar essa totalidade. Daí vem a singeleza do mapa natal, esse desenho intrincado que nos espelha.

A área de experiência em que se encontra o Sol será, dessa forma, a direção da atenção de que me valho para perceber intuitivamente as coisas no mundo, a partir de que "lugar" eu percebo o mundo. Já o signo, como campo de energia ou arquétipo, vai caracterizar essa percepção do mundo. Se o Sol no meu mapa se encontra na casa 2, minha percepção se baseia no sensorial, no material, nos valores sejam eles materiais ou não. Se o Sol de 2 estiver no signo de Aries, dentre algumas coisas, a pessoa tem total convicção acerca de ações, iniciativas a serem tomadas, sente que está vivo quando age, toma a iniciativa. Isso não quer dizer que a pessoa não tome ciência das coisas por outras áreas de experiência, afinal somos um todo complexo (com casas, signos, planetas, aspectos e tudo isso relacionado), porém, intuitivamente, o sujeito o faz por uma casa (área de experiencia da vida) específica, aquela em que ele se localiza.

Para nos autogerirmos, precisamos nos compreender como um todo. O fato de o Sol estar nessa situação com aqueles atributos e em determinada área está diretamente relacionado à assinatura de nosso mapa e ao mapa como um todo. Como posso localizar meu tesouro com apenas uma pá? Mesmo que ela seja um dos instrumentos mais importantes, ainda preciso de algo mais para encontrá-lo. Por isso, nos entender apenas como Sol não é suficiente para nos definirmos, apenas nos compartimenta. Quando digo que sou de Áries, estou reduzindo imensamente toda a complexidade que sou. Nesse sentido, autogestão passa pelo conhecimento não só de outras ferramentas, mas do caminho que devo fazer para chegar ao local do tesouro.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Signos do zodíaco: energias arquetípicas no mapa natal


No exato momento em que inspiramos pela primeira vez, começamos a trocar energia com o universo. Nesse momento, um signo ascendia na linha do horizonte e nossa mandala astrológica se estrutura a partir daí.
Os signos funcionam como arquétipos, ou seja, padrões de energia, estruturas inatas que servem de matriz, no caso de nosso mapa natal, nos fornecendo subsídios para experienciarmos cada área de nossa vida e dando o tom das nossas funções da alma.
Arquétipos, no sentido junguiano, constituem-se de luz e sombra e manifestar um desses lados é uma escolha nossa. Por isso, conhecer nossa mandala e estar consciente de como se expressam e se desenvolvem esses padrões de energia, torna-nos autogestores de nossa vida. Quanto mais consciência, mais enraizados dentro de nós e, então, mais possibilidades de escolha.
Os quatro elementos básicos da astrologia: fogo, terra, ar e água, se manisfestam em três modalidades vibratórias: cardeal, fixo e mutável. A combinação dos elementos com as modalidades estão na base das energias arquetípicas dos signos zodiacais e, constituem a dinâmica de cada um deles. O signo de áries, por exemplo, pertence ao elemento fogo e sua modalidade vibratória é cardinal, o que fundamenta a interpretação do arquétipo do guerreiro.
A dinâmica de cada um dos 12 signos, por sua vez, é espelhada na psique apresentada no mapa natal. A psique humana consiste nos processos psíquicos que podem estar conscientes ou inconscientes, ou seja, somos sombra e luz, um todo. (Re)conhecer-nos, liberta-nos e, assim, voltamos à questão da autogestão.
O mapa natal, então, vai apresentar os signos como arquétipos que se materializam por meio das áreas de experiência da vida e dos planetas-faculdades da alma, caracterizando ambos. Somado-se a esse arranjo, dependendo da localização de cada planeta, ligações se realizam. Essas ligações, os aspectos, "amarram" uma planeta ao outro, transformando esse emaranhado em cada um de nós.
Isso significa dizer que se temos lua em aquário na casa 6 em quadratura com Saturno em touro na casa 9, possuímos uma maneira especial de lidar com nossas emoções que pode esbarrar numa limitação para formar laços afetivos, possivelmente atrapalhando nosso dia a dia. Esse exemplo é um esteriótipo, porque somos complexos demais.
Mas, compreender como as energias psíquicas dos signos atuam em nossa vida nos fornece equipamentos indispensáveis para escolher surfar a onda da vida ou simplesmente se ligar no fluxo do universo e pegar um jacaré!